Reza a tradição popular que por ocasião do transporte de um defunto de Pena para Covas do Rio onde existia um cemitério, os homens teriam largado o caixão na difícil descida, e que este teria caído em cima de um dos que o acompanhavam e o teria morto...
A tradição popular, os relatos na cloud e o estudo do terreno com auxílio da carta topográfica, eram já um bom aviso, mas nada disto foi suficiente para se perceber o caminho que nos esperava, quer pela beleza e sua magia, quer pelo seu grau de dificuldade.
Depois de um café na Adega Típica da Pena, iniciamos a saída desta bonita aldeia de xisto às 11:00h, a 650 metros de altitude. Poucos minutos e depois de passarmos alguns prados e campos junto à aldeia, chegamos a uma fraga que se abria e nos apresentava literalmente aos nossos pés um vale profundo, apertado, um autêntico desfiladeiro no qual corria a Ribeira de Pena com as suas quedas de água e lagoas.
Foi 1 hora de descida íngreme pelo carreiro ancestral, em cima de pedra solta e escorregadia, no meio da vegetação luxuriante e fragas, uma atmosfera húmida e mágica. Cuidados redobrados, com riscos de queda, mãozinhas no chão na vegetação ou nas pedras... Os mais reticentes na utilização de bastão, viram aqui a sua preciosa utilidade...
Foi 1 hora de descida íngreme pelo carreiro ancestral, em cima de pedra solta e escorregadia, no meio da vegetação luxuriante e fragas, uma atmosfera húmida e mágica. Cuidados redobrados, com riscos de queda, mãozinhas no chão na vegetação ou nas pedras... Os mais reticentes na utilização de bastão, viram aqui a sua preciosa utilidade...
A primeira metade do caminho para Covas do Rio foi nesta difícil mas fantástica demanda, das melhores que já passamos, a segunda metade foi bem mais fácil (mas não fácil...) com passagem pela ribeira com o mesmo nome a 385 metros de altitude. Travessia com algumas peripécias, subida depois para Covas do Rio onde chegamos às 13h00, 4 km depois de Pena e em 2 horas de caminhada. Paramos para uma rápida "bucha" no adro junto à sua igrejazinha a 470 metros de altitude, espaço virado a sul com uma vista fantástica para a Serra de São Macário, o caminho que tínhamos feito desde Pena e a montanha para poente que ainda iríamos vencer...
Três fotógrafos de serviço, três perspectivas...
Três fotógrafos de serviço, três perspectivas...
Fotos de Francisco Alba
Fotos de Zé Neves
Fotos Alberto Fonseca
Fotos Francisco Alba
Proximamente post com 3ª e última etapa: Covas do Rio a Pena por Covas do Monte
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