quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
sábado, 25 de janeiro de 2014
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Caminhada, 11 de Janeiro, 3ª etapa: Covas do Rio a Pena por Covas do Monte
Eram 13:20h quando retomamos a caminhada no regresso a Pena, tendo como objectivo alcançar a aldeia de Covas do Monte.
Descemos de Covas do Rio até à ribeira de mesmo nome, que atravessamos a 370 metros de altitude. A partir daí foi sempre a subir, a subir...passando pelo aglomerado de Serraco até a um local na curva do estradão aos 600 metros de altitude, de onde se conseguiu avistar a aldeia de Covas do Monte. Aqui paramos para agrupar o grupo de caminheiros, e por que eram já 14:30 da tarde, tomamos a decisão de não descer à aldeia, de modo a conseguirmos chegar à aldeia da Pena entre as 16:00 e as 16:30, não correndo riscos de sermos apanhados na serra já com pouca luz e também para não fazermos esperar o cabrito e a vitela que se podiam zangar...
Agrupado o grupo, continuamos a subida até aos 800 metros de altitude, tentando encontrar o trilho que nos levaria pela encosta da montanha, atravessar o vale do Ribeiro do Serraco, subir a encosta do outro lado, descer e chegar a Pena. Não foi fácil... A indicação é que o trilho começaria junto aos postes de distribuição de energia, mas optamos por outro mais acima, mais largo, mais fácil... que nos levou novamente à estrada mais acima... E agora? Abençoada pastora que por lá andava a chamar o seu rebanho, que nos indicou o trilho lá em baixo na encosta e que nos incentivou a descer. É ali, apontava ela, não estão a ver, desçam, desçam; Para Pena? São 20 minutos, desçam, desçam! E atirava pedras na direção do caminho para nos mostrar onde ele estava! Esta gente da serra vê realmente o seu meio com outros olhos: o que parece difícil e aventura para um citadino, é coisa sem história para um habitante da serra.
E lá descemos a encosta como a pastora nos mandou, no meio das pedras soltas, alguns caminheiros de escorrega... Finalmente encontramos o trilho que nos fez descer a encosta ao longo do vale relativamente profundo no qual corria o Ribeiro do Serraco. Atravessado o ribeiro foi preciso subir a encosta íngreme do outro lado, por vezes em locais que exigiram cuidados redobrados também pela pedra solta e lajes escorregadias. Esta subida desembocou num pequeno prado a 850 metros de altitude, de onde já se conseguia ver alguns telhados da aldeia da Pena. Chegamos a Pena às 16.20h, 3 horas depois de termos saído de Covas do Rio e 5h e 20 minutos após de lá termos saído. Desde o topo de São Macário, foram 17,5 km, que nos demoraram quase 7 horas a fazer.
E como é tradição dos Boas Solas, uma boa caminhada tem que acabar com uma boa mesa. Desta vez foi na Adega Típica da Pena (adegatipicadapena@hotmail.com), onde o Sr. Alfredo, a sua filha Mariana e restante família nos prepararam uma entradas, cabrito e vitela no forno, umas boas sobremesas caseiras, atendimento acolhedor, serviço excelente, num ambiente rústico e aquecidos pelo fogo da lenha! Produtos de sua produção são vendidos nesta típica adega de xisto, desde artesanato, mel, licores.
Obrigado Sr. Alfredo e Mariana. Foi fantástico!
Recomendamos e haveremos de voltar!
Fotos de Francisco Alba
Fotos de José Neves
Fotos de Alberto Fonseca
Nota: pelos desníveis e partes do caminho com significativa dificuldade técnica, o percurso pode ser considerado de dificuldade elevada. Em dias de chuva o percurso Pena - Covas do Rio não é parece ser nada aconselhável.
domingo, 19 de janeiro de 2014
Caminhada, 11 de Janeiro, 2ª etapa: Pena - Covas do Rio
Pelo caminho do morto que matou o vivo...
Reza a tradição popular que por ocasião do transporte de um defunto de Pena para Covas do Rio onde existia um cemitério, os homens teriam largado o caixão na difícil descida, e que este teria caído em cima de um dos que o acompanhavam e o teria morto...
A tradição popular, os relatos na cloud e o estudo do terreno com auxílio da carta topográfica, eram já um bom aviso, mas nada disto foi suficiente para se perceber o caminho que nos esperava, quer pela beleza e sua magia, quer pelo seu grau de dificuldade.
Depois de um café na Adega Típica da Pena, iniciamos a saída desta bonita aldeia de xisto às 11:00h, a 650 metros de altitude. Poucos minutos e depois de passarmos alguns prados e campos junto à aldeia, chegamos a uma fraga que se abria e nos apresentava literalmente aos nossos pés um vale profundo, apertado, um autêntico desfiladeiro no qual corria a Ribeira de Pena com as suas quedas de água e lagoas.
Foi 1 hora de descida íngreme pelo carreiro ancestral, em cima de pedra solta e escorregadia, no meio da vegetação luxuriante e fragas, uma atmosfera húmida e mágica. Cuidados redobrados, com riscos de queda, mãozinhas no chão na vegetação ou nas pedras... Os mais reticentes na utilização de bastão, viram aqui a sua preciosa utilidade...
Foi 1 hora de descida íngreme pelo carreiro ancestral, em cima de pedra solta e escorregadia, no meio da vegetação luxuriante e fragas, uma atmosfera húmida e mágica. Cuidados redobrados, com riscos de queda, mãozinhas no chão na vegetação ou nas pedras... Os mais reticentes na utilização de bastão, viram aqui a sua preciosa utilidade...
A primeira metade do caminho para Covas do Rio foi nesta difícil mas fantástica demanda, das melhores que já passamos, a segunda metade foi bem mais fácil (mas não fácil...) com passagem pela ribeira com o mesmo nome a 385 metros de altitude. Travessia com algumas peripécias, subida depois para Covas do Rio onde chegamos às 13h00, 4 km depois de Pena e em 2 horas de caminhada. Paramos para uma rápida "bucha" no adro junto à sua igrejazinha a 470 metros de altitude, espaço virado a sul com uma vista fantástica para a Serra de São Macário, o caminho que tínhamos feito desde Pena e a montanha para poente que ainda iríamos vencer...
Três fotógrafos de serviço, três perspectivas...
Três fotógrafos de serviço, três perspectivas...
Fotos de Francisco Alba
Fotos de Zé Neves
Fotos Alberto Fonseca
Fotos Francisco Alba
Proximamente post com 3ª e última etapa: Covas do Rio a Pena por Covas do Monte
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