Mais uma serra!
Desta vez pela Serra da Cabreira, percorrendo um percurso que teve como partida e chegada a aldeia de Espindo (Vieira do Minho) e que englobou o Trilho do Turio.
A caminhada começou na igreja de Espindo onde deixamos os carros. Manhã de sol com algumas nuvens, vento de nordeste frio, uma visibilidade imensa para toda a serra do Gerês, Fafião, Rocalva, Capela de S. João, Pitões das Júnias, os Carris que vagamente se adivinhava, um cenário fantástico, 20 km de penedias mágicas!
Efectuado o briefing inicial iniciamos a subida pela rua principal de Espindo por onde se desenvolve a aldeia, com as suas casas ancestrais na sua maioria recuperadas, algumas para turismo de habitação. Aqui, na Casa Sol Nascente, encontramos a simpaticíssima Sra D. Maria de Fátima, que logo nos contou a história da aldeia e nos ofereceu chá. Com muita pena, tivemos que declinar e seguir caminho pois o dia ainda estava no início e eram longos os kilómetros que teríamos que palmilhar. D. Maria de Fátima, muito obrigado! Não esqueceremos a sua amabilidade!
Da aldeia, até apanharmos o trilho do Turio na Portela, foi sempre quase a subir e foi pela Portela que tomamos contacto com o vale da Ribeira do Turio com a sua floresta mágica tocada pelas cores de Outono. Um vale lindíssimo que só na encosta oposta, na Costa do Sol, pudemos verdadeiramente contemplar.
A merenda foi rápida na Casa do Guarda Florestal, no local de menor altitude de todo o percurso e junto à Ribeira do Turio. Edificações abandonadas, local algo triste, descuidado, é pena.
Daqui partimos para a subida da encosta da Queimada até à Encosta do Sol, onde se situa um dos locais mais bonitos do percurso: o miradouro da Serradela. Vale a pena o caminheiro sentar-se uns largos minutos na mesa de pedra e contemplar o vale, a floresta e todo o território que a vista alcança para sul por muitas dezenas de quilómetros. Local mágico, sem dúvida.
Daqui começamos aterragem para a aldeia de Espindo, sempre tão perto em linha recta, quase ao alcance da mão, mas a kilómetros... Descobertos os caminhos ancestrais que nos desceriam da serra e que nos levariam à ribeira de Chedas no fundo do vale, vencemos a subida final até ao local de partida, junto à igreja. Daqui contemplamos mais uma vez as vistas fantásticas para o Gerês que dali se pode desfrutar. Fim de tarde, calma, já sem vento, o sol só já incidia nos cumes superiores da Serra do Gerês. Como dizem os crentes e não crentes... Deus é grande! É um privilégio.
No total foram cerca de 19,5 km que nos levou 6 horas e 5 minutos a percorrer. O grupo Boas Solas desta vez era pequeno e o frio puxava pelas pernas... Percurso com piso fácil e com algumas subidas prolongadas, pode ser considerado de média dificuldade para uma preparação mediana. Cansa o corpo e purifica a alma...
Quanto ao Trilho do Turio, merecia uma marcação mais cuidada, pois em grandes partes do percurso as marcas eram inexistentes. E por que razão o trilho não contempla a aldeia de Espindo?
Mais uma serra, mais uma porção deste belíssimo Portugal que ficou tocado pelos Boas Solas!
E no fim, como os famosos gauleses, o convívio à volta da mesa.
Desta vez coube à Taberna Belga receber estes bravos caminheiros: francesinha, cerveja caseira feita pelos estudantes em Braga, atendimento, tudo 5 estrelas. Obrigado.
Venha a próxima caminhada!
2 comentários:
Bom Ano!
Abraço muito amigo a todos os caminheiros dos BOAS SOLAS. Bonitas fotografias,.....apesar do frio.....
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