Bom Ano!
O brinde repetiu-se várias vezes durante e depois de mais uma caminhada mágica dos Boas Solas, grupo de amigos que há cerca de 13 anos percorrem as serras, montes e vales do norte e centro deste canto à beira mar plantado da Ibéria.
Se em todas as estações a magia acontece, é no Outono e na Primavera que essa magia se agiganta pelas cores que as florestas e vales aportam.
Desta vez foi uma caminhada no Monte da Penamourinha a nordeste da Póvoa de Lanhoso e a sudoeste de Vieira do Minho, em plena transição da Serra do Gerês e da Serra da Cabreira, monte com uma singular capela, o Santuário Nossa Sra da Lapa construído em 1694 debaixo de um grande penedo, e vestígios de fortificação ancestral ocupada a.C. e na idade média, o Castro de Anissó, de onde a paisagem a todos espanta com vistas para a albufeira do Ermal e para todos os vales e serras em redor.
O percurso efetuado foi o PR3 - VRM, Sra da Lapa ao Castro de Anissó, que apesar de ter só 10 km de comprimento, é razoavelmente técnico, num sobe e desce entre penedias e que exige bem as 4 horas que demorou a fazer, portanto só aconselhável a quem a estas andanças está bem habituado, em espacial em dias em que a serra está bem "molhada". É em dias de Outono molhado como foi o caso, em que S. Pedro nos brindou com uma manhã com teto de nuvens muito alto, por vezes com alguns raios de sol, neblinas nos vales, sem chuva e bela, que a magia alcança o seu esplendor pela água omnipresente nos diversos fios de água e caminhos. E como muitas vezes acontece... quando acaba a caminhada começa a chuva...
As paisagens foram soberbas e os recantos misteriosos de penedias com as suas formas mágicas foram imensos sem esquecer a passagem pela cercania de povoações com os seus caminhos ancestrais e de floresta cheios de musgos nas suas pedras e árvores e uma variedade grande de cogumelos. Num dos caminhos deparamos com uma construção de pedra a obstrui-lo, com uma passagem estreita e uns degraus, que mais não é que uma construção tradicional para evitar a passagem de gado de grande porte, os portelos, os quais chegamos a ver a pastar livremente pela serra. Ao esplendor da natureza se somarmos a alegria e as brincadeiras dum grupo de amigos como este, o resultado só pode ser um dia para recordar...
E como manda a tradição, a "festa" proseguiu à volta da mesa, desta vez no simpático Hotel Rural da Maria da Fonte que muito se recomenda (obrigado pelo serviço e simpatia!). Já com a noite a começar a apresentar-se ao serviço, se iniciou o caminho de regresso a casa, mas não sem antes visitarmos o Castelo de Póvoa de Lanhoso, castelo situado no alto de uma penedia inexpugnável e que se torna visita obrigatória pelo que vimos e ouvimos.
Cansados, felizes, dia grande, gula bem tratada, alma cheia...
Brindemos às coisas que nos fazem felizes, Bom Ano!
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