domingo, 10 de outubro de 2010

Por entre as nuvens! Trilho do Castelo - Gerês - 9 de Outubro


19,5 km, 6h e 40 minutos de pura, dura e fantástica caminhada... entre as nuvens, entre o sol...
Começamos em Covide...às 10:30.
O trilho, com uma primeira parte de significativo declive ao longo da encosta, cada vez mais íngreme da serra que subiamos (serra de Stª Isabel), exigiu uma navegação cuidada pela carta militar. Por vezes lá se avistava a albufeira na zona do Rio Caldo, a imponência da Calcedónia, as côres das nuvens, as montanhas do Gerês, a natureza que só o Gerês nos pode presentear.
 Para além das condições dificeis de visibilidade que pioravam à medida que subiamos (andavamos no meio das nuvens e o grupo alongava-se...), as marcações desapareceram a determinado ponto. Valeu as mariolas que se foram também... e a navegação cuidada. Mesmo assim no local da Quebrada, a sensação era que estavamos suspensos no ar e só viamos o chão que pisavamos... Mais não restava que subir a encosta à procura do trilho e de caminho mais seguro que se adivinhava na leitura da carta. No meio da névoa e depois de 50 e pico metros de "quase escalada" na opinião de muita boa gente... encontramos "caminho de jeito". Valeu! Experiência mágica! Continuamos durante algum tempo à nossa direita com poderosas fragas.
Depois destas 2 horas de caminhada dificil, estavamos já no planalto da serra e aqui tudo apareceu: o sol, os garranos, os rebanhos, os cães dos pastores, o cabrito adivinhado no prato... as grandes paisagens. Mais à frente a aldeia do Monte, onde junto à sua Igreja merendamos. Eram 14:00, já levavamos cerca de 3 horas e meio de caminhada.
O regresso foi pela aldeia da Seara, onde passamos às 15:00 e na qual decidimos alterar o percurso e regressar por caminho certo na carta militar, mais longo, atravessando e descendo a serra pelo seu lado norte na direcção da aldeia de Padrós que ficava já perto da estrada que nos levaria a Covide. Percurso também a merecer palmilhar pelas paisagens e caminhos seculares na descida.
A merecer nota negativa nesta jornada, as marcas dos incêndios por todo o lado, nos pastos... e o mau estado ou desaparecimento das marcações de um trilho, supostamente classificado como um PR e divulgado como tal. Parece que existe quem não gosta de caminheiros e montanheiros por aquelas bandas...ou quem não cumpra a sua função. É pena. Mas o que interessa é caminhar!

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