domingo, 24 de outubro de 2010

PR9 - Rota do Xisto - Arouca - 23 de Outubro

Foi talvez um dos percursos mais difíceis, não tanto pela sua distância, mas sim pelos “sobe e desce” de todo o percurso com elevado desnível e "má" qualidade de piso nalguns troços, em especial na sua parte final desde a descida para a Praia Fluvial do Vau, o caminho ao longo do Rio Paiva em caminho cheio de ramos, algo instável, onde praticamente cabia uma só pessoa e com vista para o rio e penedia, uns bons metros abaixo…, acabando numa longa subida na zona dos Moinhos a caminho da Freguesia de Canelas, onde tínhamos começado.

Foram cerca de 17 km bem medidos (o meu GPS marcou cerca de 18 km), 6 horas e quarenta de caminhada contínua a uma média global de 2,8 km/h, mais 30 minutos de merenda, perto do miradouro (penhasco) donde se vê o Rio Paiva, a Cascata das Aguieiras, a Freguesia de Alvarenga e muito mais, num cenário de cortar a respiração (literalmente suspensos sobre o abismo).
Começamos a uma altitude de 290 metros, atingimos a cota máxima de 591 metros logo após o CIGC – Centro de Interpretação Geológica de Canelas que visitamos (vale a pena), descemos até à cota mais baixo de 107 metros, a molhar os pés no Rio Paiva. No total foram 721 metros de subida acumulada e 720 metros de descida, num carrocel…
A destacar… muita coisa: a boa disposição dos 18 caminheiros, a paisagem, a dificuldade do percurso, o CIGC, a vista para a Cascata das Agueiras, o vale profundo do Rio Paiva, o caminho entre a Praia Fluvial do Vau e os Moinhos ao longo do rio, cheio de vegetação cortada, estreito e a merecer muita atenção em alguns partes que em dia de chuva se tornaria de certeza algo perigoso e nada aconselhável (a alternativa seria abandonar nessa parte o PR9 e seguir pelo GR28 até Canelas pelo interior).
Um rota classificada de média a elevada dificuldade, a justificar de facto e a recomendar!
Mais um dia para recordar, agradecidos pela companhia e amizade dos nossos amigos, ao povo que ao longo de séculos construiu aqueles caminhos e aldeias e os estima, à Mãe Natureza por tudo o que ainda nos pode proporcionar.
Boas Solas!

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