terça-feira, 30 de novembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
Caminho de Santiago - Do Leça ao Ave - 27 de Novembro
Depois de uma viagem de Metro para Matosinhos, demos início à caminhada às 9:10. Manhã de sol mas fria, aragem de leste, um mar azul chão, uma visibilidade que permitia ver a Póvoa já ali...
Um dia fantástico, S. Pedro é caminheiro! E... que me perdoem quem não nasceu com esta virtude... pois saindo do "Dragão" só se poderia adivinhar boa coisa... Mas vamos ao que interessa...
Passadiços de praia em quase todo o caminho praticamente até Angeiras, depois umas travessias pela praia e estrada à beira -mar. Angeiras e Vila Chã com os seus barcos e gentes da pesca, S. Paio, lugar mítico e pré-histórico, Mindelo, praia de infância (A Guilhada, o Cão, o Gato), onde aterramos às 13:00 para uns camarões da costa para uns, tremoços para outros e para outros nem isso...uma cervejinha, café para todos! Uma costa deserta, uma mar imenso, uma praia e uma esplanada só para nós...
Fizemo-nos à "estrada" às 13:40. Pela praia fomos até Azurara e daqui até a Vila do Conde foi uma "perninha", onde chegamos às 15:00. Percurso histórico primeiro por entre o burgo, tratamento de recuperação no MESTRE depois, saborendo-se as famosas francesinhas...
Foram 23 km e 6,50 horas de saboreosa caminhada... de boa disposição e amizade! Mais uma para não esquecer!
E nota importante! Com esta caminhada, os Boas Solas conseguiram superar os km efectuados em 2009 sem os Caminhos de Santiago, ou seja 160 km contra 140 km.
2011 promete!
Boas Solas!
Um dia fantástico, S. Pedro é caminheiro! E... que me perdoem quem não nasceu com esta virtude... pois saindo do "Dragão" só se poderia adivinhar boa coisa... Mas vamos ao que interessa...
Passadiços de praia em quase todo o caminho praticamente até Angeiras, depois umas travessias pela praia e estrada à beira -mar. Angeiras e Vila Chã com os seus barcos e gentes da pesca, S. Paio, lugar mítico e pré-histórico, Mindelo, praia de infância (A Guilhada, o Cão, o Gato), onde aterramos às 13:00 para uns camarões da costa para uns, tremoços para outros e para outros nem isso...uma cervejinha, café para todos! Uma costa deserta, uma mar imenso, uma praia e uma esplanada só para nós...
Fizemo-nos à "estrada" às 13:40. Pela praia fomos até Azurara e daqui até a Vila do Conde foi uma "perninha", onde chegamos às 15:00. Percurso histórico primeiro por entre o burgo, tratamento de recuperação no MESTRE depois, saborendo-se as famosas francesinhas...
Foram 23 km e 6,50 horas de saboreosa caminhada... de boa disposição e amizade! Mais uma para não esquecer!
E nota importante! Com esta caminhada, os Boas Solas conseguiram superar os km efectuados em 2009 sem os Caminhos de Santiago, ou seja 160 km contra 140 km.
2011 promete!
Boas Solas!
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Do Leça ao Ave - 27 de Novembro
Só faltam 2 dias...
De Leça ao Ave sempre à vista do mar
ainda não é Santiago, mas a caminho se pode passar
Chegando a burgo centenário de tanto encantar
Boas Solas, com tanta maresia e tanto esforçar
no "Mestre" se tem que recuperar!
Programa
8:15 - Estação de Metro do Dragão (hora para se apanhar o Metro, chegar uns minutos antes...)
9:00 - Local de partida, Matosinhos (junto ao mercado, ponte móvel de Leça)
Distância estimada: 24 km (22 km até á entrada de Vila do Conde + 2 km entre portas)
Duração prevista: 6 horas (breve paragem para sandoca "volante" e café em Vila Chã / Mindelo, paragem para "recuperar" só no destino...)
Tipo de caminho: passadiços, caminhos e estradas de praia, quando não houver pela areia...
Nível de dificuldade: fácil pelo piso na sua quase totalidade, sem desnível, médio pela distância e nalgumas partes em que se terá que caminhar pela praia)
Local de chegada: Vila do Conde (zona histórica)
Hora de chegada: 15:00 (depois ida ao Mestre para recuperar)
Hora de partida para regresso ao Porto (de Metro): 17:21
Hora de chegada prevista ao Estádio do Dragão:
Previsão meteorológica em 2010.11.24 para sábado, dia 27: vento nordeste fraco a rondar para Norte para o fim da manhã, tempo fresco (máxima 10ºC), céu limpo ou pouco nebulado, um dia excelente para caminhar (levar tapa vento e gorro...)
De Leça ao Ave sempre à vista do mar
ainda não é Santiago, mas a caminho se pode passar
Chegando a burgo centenário de tanto encantar
Boas Solas, com tanta maresia e tanto esforçar
no "Mestre" se tem que recuperar!
Programa
8:15 - Estação de Metro do Dragão (hora para se apanhar o Metro, chegar uns minutos antes...)
9:00 - Local de partida, Matosinhos (junto ao mercado, ponte móvel de Leça)
Distância estimada: 24 km (22 km até á entrada de Vila do Conde + 2 km entre portas)
Duração prevista: 6 horas (breve paragem para sandoca "volante" e café em Vila Chã / Mindelo, paragem para "recuperar" só no destino...)
Tipo de caminho: passadiços, caminhos e estradas de praia, quando não houver pela areia...
Nível de dificuldade: fácil pelo piso na sua quase totalidade, sem desnível, médio pela distância e nalgumas partes em que se terá que caminhar pela praia)
Local de chegada: Vila do Conde (zona histórica)
Hora de chegada: 15:00 (depois ida ao Mestre para recuperar)
Hora de partida para regresso ao Porto (de Metro): 17:21
Hora de chegada prevista ao Estádio do Dragão:
Previsão meteorológica em 2010.11.24 para sábado, dia 27: vento nordeste fraco a rondar para Norte para o fim da manhã, tempo fresco (máxima 10ºC), céu limpo ou pouco nebulado, um dia excelente para caminhar (levar tapa vento e gorro...)
terça-feira, 23 de novembro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
PR9 - Rota do Xisto - Arouca - 23 de Outubro
Foi talvez um dos percursos mais difíceis, não tanto pela sua distância, mas sim pelos “sobe e desce” de todo o percurso com elevado desnível e "má" qualidade de piso nalguns troços, em especial na sua parte final desde a descida para a Praia Fluvial do Vau, o caminho ao longo do Rio Paiva em caminho cheio de ramos, algo instável, onde praticamente cabia uma só pessoa e com vista para o rio e penedia, uns bons metros abaixo…, acabando numa longa subida na zona dos Moinhos a caminho da Freguesia de Canelas, onde tínhamos começado.
Foram cerca de 17 km bem medidos (o meu GPS marcou cerca de 18 km), 6 horas e quarenta de caminhada contínua a uma média global de 2,8 km/h, mais 30 minutos de merenda, perto do miradouro (penhasco) donde se vê o Rio Paiva, a Cascata das Aguieiras, a Freguesia de Alvarenga e muito mais, num cenário de cortar a respiração (literalmente suspensos sobre o abismo).
Começamos a uma altitude de 290 metros, atingimos a cota máxima de 591 metros logo após o CIGC – Centro de Interpretação Geológica de Canelas que visitamos (vale a pena), descemos até à cota mais baixo de 107 metros, a molhar os pés no Rio Paiva. No total foram 721 metros de subida acumulada e 720 metros de descida, num carrocel…
A destacar… muita coisa: a boa disposição dos 18 caminheiros, a paisagem, a dificuldade do percurso, o CIGC, a vista para a Cascata das Agueiras, o vale profundo do Rio Paiva, o caminho entre a Praia Fluvial do Vau e os Moinhos ao longo do rio, cheio de vegetação cortada, estreito e a merecer muita atenção em alguns partes que em dia de chuva se tornaria de certeza algo perigoso e nada aconselhável (a alternativa seria abandonar nessa parte o PR9 e seguir pelo GR28 até Canelas pelo interior).
Um rota classificada de média a elevada dificuldade, a justificar de facto e a recomendar!
Mais um dia para recordar, agradecidos pela companhia e amizade dos nossos amigos, ao povo que ao longo de séculos construiu aqueles caminhos e aldeias e os estima, à Mãe Natureza por tudo o que ainda nos pode proporcionar.
Boas Solas!
Foram cerca de 17 km bem medidos (o meu GPS marcou cerca de 18 km), 6 horas e quarenta de caminhada contínua a uma média global de 2,8 km/h, mais 30 minutos de merenda, perto do miradouro (penhasco) donde se vê o Rio Paiva, a Cascata das Aguieiras, a Freguesia de Alvarenga e muito mais, num cenário de cortar a respiração (literalmente suspensos sobre o abismo).
Começamos a uma altitude de 290 metros, atingimos a cota máxima de 591 metros logo após o CIGC – Centro de Interpretação Geológica de Canelas que visitamos (vale a pena), descemos até à cota mais baixo de 107 metros, a molhar os pés no Rio Paiva. No total foram 721 metros de subida acumulada e 720 metros de descida, num carrocel…
A destacar… muita coisa: a boa disposição dos 18 caminheiros, a paisagem, a dificuldade do percurso, o CIGC, a vista para a Cascata das Agueiras, o vale profundo do Rio Paiva, o caminho entre a Praia Fluvial do Vau e os Moinhos ao longo do rio, cheio de vegetação cortada, estreito e a merecer muita atenção em alguns partes que em dia de chuva se tornaria de certeza algo perigoso e nada aconselhável (a alternativa seria abandonar nessa parte o PR9 e seguir pelo GR28 até Canelas pelo interior).
Um rota classificada de média a elevada dificuldade, a justificar de facto e a recomendar!
Mais um dia para recordar, agradecidos pela companhia e amizade dos nossos amigos, ao povo que ao longo de séculos construiu aqueles caminhos e aldeias e os estima, à Mãe Natureza por tudo o que ainda nos pode proporcionar.
Boas Solas!
domingo, 17 de outubro de 2010
PR9 - Rota do Xisto - Arouca - 23 de Outubro
Os "Boas Solas" iniciaram a época em ritmo elevado. Depois do Gerês, já partem para outra aventura!
Desta vez é o PR9 - Rota do Xisto no Geoparque de Arouca.
Percurso pedreste de pequena rota marcado (esperemos...)
Partida e Chegada: Igreja Matriz de Canelas
Extensão: 16 km
Duração: 6,5 horas
Nível de dificuldade: médio a elevado
Previsão meteorológica: bom tempo, céu com poucas nuvens, vento de noroeste fraco, 15ºC máxima
E como marinheiro que vai ao mar se prepara em terra, aqui vai o estudo do perfil de altitudes e dos tempos...
Boas Solas!
Desta vez é o PR9 - Rota do Xisto no Geoparque de Arouca.
Percurso pedreste de pequena rota marcado (esperemos...)
Partida e Chegada: Igreja Matriz de Canelas
Extensão: 16 km
Duração: 6,5 horas
Nível de dificuldade: médio a elevado
Previsão meteorológica: bom tempo, céu com poucas nuvens, vento de noroeste fraco, 15ºC máxima
E como marinheiro que vai ao mar se prepara em terra, aqui vai o estudo do perfil de altitudes e dos tempos...
Boas Solas!
domingo, 10 de outubro de 2010
Por entre as nuvens! Trilho do Castelo - Gerês - 9 de Outubro
19,5 km, 6h e 40 minutos de pura, dura e fantástica caminhada... entre as nuvens, entre o sol...
Começamos em Covide...às 10:30.
O trilho, com uma primeira parte de significativo declive ao longo da encosta, cada vez mais íngreme da serra que subiamos (serra de Stª Isabel), exigiu uma navegação cuidada pela carta militar. Por vezes lá se avistava a albufeira na zona do Rio Caldo, a imponência da Calcedónia, as côres das nuvens, as montanhas do Gerês, a natureza que só o Gerês nos pode presentear.
Para além das condições dificeis de visibilidade que pioravam à medida que subiamos (andavamos no meio das nuvens e o grupo alongava-se...), as marcações desapareceram a determinado ponto. Valeu as mariolas que se foram também... e a navegação cuidada. Mesmo assim no local da Quebrada, a sensação era que estavamos suspensos no ar e só viamos o chão que pisavamos... Mais não restava que subir a encosta à procura do trilho e de caminho mais seguro que se adivinhava na leitura da carta. No meio da névoa e depois de 50 e pico metros de "quase escalada" na opinião de muita boa gente... encontramos "caminho de jeito". Valeu! Experiência mágica! Continuamos durante algum tempo à nossa direita com poderosas fragas.
Depois destas 2 horas de caminhada dificil, estavamos já no planalto da serra e aqui tudo apareceu: o sol, os garranos, os rebanhos, os cães dos pastores, o cabrito adivinhado no prato... as grandes paisagens. Mais à frente a aldeia do Monte, onde junto à sua Igreja merendamos. Eram 14:00, já levavamos cerca de 3 horas e meio de caminhada.
O regresso foi pela aldeia da Seara, onde passamos às 15:00 e na qual decidimos alterar o percurso e regressar por caminho certo na carta militar, mais longo, atravessando e descendo a serra pelo seu lado norte na direcção da aldeia de Padrós que ficava já perto da estrada que nos levaria a Covide. Percurso também a merecer palmilhar pelas paisagens e caminhos seculares na descida.
A merecer nota negativa nesta jornada, as marcas dos incêndios por todo o lado, nos pastos... e o mau estado ou desaparecimento das marcações de um trilho, supostamente classificado como um PR e divulgado como tal. Parece que existe quem não gosta de caminheiros e montanheiros por aquelas bandas...ou quem não cumpra a sua função. É pena. Mas o que interessa é caminhar!
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Gerês - Trilho do Castelo - 9 e 10 Outubro
É hora de começar a época!
Percurso: PR02 - Trilho do Castelo
Duração estimada: 6 horas
Distância: 16 a 17 km
Nível de dificuldade: moderado a médio
Monte
Aldeias
Penedos
Paisagem
Ar livre
Natureza
Exercício físico
Convívio
e...
Leite creme
Papas
e muito mais!
Começar a época!
Percurso: PR02 - Trilho do Castelo
Duração estimada: 6 horas
Distância: 16 a 17 km
Nível de dificuldade: moderado a médio
Monte
Aldeias
Penedos
Paisagem
Ar livre
Natureza
Exercício físico
Convívio
e...
Leite creme
Papas
e muito mais!
Começar a época!
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Viva o Verão!
Vem o calor, foram-se as caminhadas...mas há quem caminhe...
Há montanha, há praia...
Quem resiste a um passeio na maré baixa, numa praia deserta a perder de vista? O sol, a água, a maresia, as ondas...
O que é preciso é não parar. Continuar a passear, a fazer desporto, a brincar.
domingo, 23 de maio de 2010
Caramulinho 22 de Maio
Foram 19 kms de caminhada sob calor e sol imenso, 7 horas e 20 minutos (30 minutos de merenda), 11 bravos caminheiros, altitude mínima 600 metros, máxima 1076 metros.
Foi um esforço mais que justificado pelas paisagens arrebatadoras com que nos deparamos, a Serra da Estrela ao fundo, do outro lado, a costa...o mar que se adivinhava.
Os caminhos ancestrais, o contacto com as gentes simpatiquíssimas destas terras, as aldeias, as pedras de formas mágicas, as cores das flores silvestres, a montanha, a visão do Caramulinho no cimo da subida.
O convívio, aquele convívio que só os "boas solas" podem proporcionar...
Um herói, Macedo de seu nome, recém integrado nestas andanças, que de caminhada em caminhada ultrapassa os seus limites.
Tudo o resto, até nos seus pormenores, tem a fantástica história do costume, história que na memória e no coração de todos fica registada, partilhada, aqui neste blog sumariamente reescrita.
Eram 9:30, saímos da Vila do Caramulo junto ao Posto de Turismo, passando pelo Parque Jerónimo Lacerda. Estavamos a 770 metros de altitude e seguimos a "Rota das Cruzes".
Depois de uma parte "mais amigável" de caminhos junto à vila começámos a descer um vale cavado seguindo a indicação de um esquilo que nos apareceu... Descemos até aos 600 metros de altitude, no meio de floresta onde já se adivinhava as fantásticas vistas que estavam à nossa espera. Chegados à ponte medieval do Rio de Castelões, começámos a subir pela serra acima num caminho ancestral (via romana) até à aldeia do Carvalhinho, onde nos deparámos com a primeira vista de toda a região até à Serra da Estrela. Subida dura e íngreme que exigiu o melhor... A subida não tinha acabado... seguia-se a aldeia do Cadraço, onde tivemos a oportunidade de ver ainda as antigas casas de colmo. Pouco antes tinhamos abandonado o percurso marcado e passámos a fazer navegação "livre".
As aldeias, as gentes resistentes, os campos ainda cultivados, os animais, vida!
Continuámos a subir, seguindo agora a "Rota dos Caleiros", até o Caramulinho nos aparecer. Só por isto valeu a caminhada. Atingida a sua base, subimos as longas escadas com a ânsia de tocar o céu. Foi o que fizemos: a serra toda, a Serra da Estrela ao fundo, as serras para o sul, Lousã, do outro lado, a Ria de Aveiro, a costa do mar...o mar que se adivinhava, as cores, as penedias, os caminhos, o céu, o mundo à distância da nossa mão...
Estavamos a 1076 metros de altitude, foram 3 horas de caminhada, 2 horas e pico sempre a subir, a subir.
Descemos, merendámos e descansámos. Continuámos o nosso caminho até à aldeia de Jueus, onde parámos, o miradouro fantástico da sua capelinha, o espaço...a Serra da Estrela ao fundo, Tondela, Viseu, e tantos outros burgos, distantes, pequeninos...Será que existem mais vistas assim? Com certeza, basta acompanhar os Boas Solas...
Continuamos, o calor apertava, a água sumia-se...
O Penedo do Equilíbrio, a Cabeça do Judeu, o Penedo Fálico, singularidades da serra e suas lendas. A água fresca da fonte oferecida por habitante local, aquela simpatia das gentes da serra e do interior.
Continuámos até à aldeia de Cadraço, onde tinhamos já passado e aqui começámos a descer para a Vila do Caramulo, onde chegámos 7 horas e vinte minutos depois e onde fomos beneficiados duma interessante palestra sobre o mel e as abelhas na Associação dos Apicultores da Serra do Caramulo.
Depois umas merecidas cervejas e os petiscos possíveis no primeiro café que apareceu.
E agora o blog com fotos também de alguns amigos caminheiros.
A não esquecer!
Foto de Albuns
Os caminhos ancestrais, o contacto com as gentes simpatiquíssimas destas terras, as aldeias, as pedras de formas mágicas, as cores das flores silvestres, a montanha, a visão do Caramulinho no cimo da subida.
O convívio, aquele convívio que só os "boas solas" podem proporcionar...
Um herói, Macedo de seu nome, recém integrado nestas andanças, que de caminhada em caminhada ultrapassa os seus limites.
Tudo o resto, até nos seus pormenores, tem a fantástica história do costume, história que na memória e no coração de todos fica registada, partilhada, aqui neste blog sumariamente reescrita.
Eram 9:30, saímos da Vila do Caramulo junto ao Posto de Turismo, passando pelo Parque Jerónimo Lacerda. Estavamos a 770 metros de altitude e seguimos a "Rota das Cruzes".
Depois de uma parte "mais amigável" de caminhos junto à vila começámos a descer um vale cavado seguindo a indicação de um esquilo que nos apareceu... Descemos até aos 600 metros de altitude, no meio de floresta onde já se adivinhava as fantásticas vistas que estavam à nossa espera. Chegados à ponte medieval do Rio de Castelões, começámos a subir pela serra acima num caminho ancestral (via romana) até à aldeia do Carvalhinho, onde nos deparámos com a primeira vista de toda a região até à Serra da Estrela. Subida dura e íngreme que exigiu o melhor... A subida não tinha acabado... seguia-se a aldeia do Cadraço, onde tivemos a oportunidade de ver ainda as antigas casas de colmo. Pouco antes tinhamos abandonado o percurso marcado e passámos a fazer navegação "livre".
As aldeias, as gentes resistentes, os campos ainda cultivados, os animais, vida!
Continuámos a subir, seguindo agora a "Rota dos Caleiros", até o Caramulinho nos aparecer. Só por isto valeu a caminhada. Atingida a sua base, subimos as longas escadas com a ânsia de tocar o céu. Foi o que fizemos: a serra toda, a Serra da Estrela ao fundo, as serras para o sul, Lousã, do outro lado, a Ria de Aveiro, a costa do mar...o mar que se adivinhava, as cores, as penedias, os caminhos, o céu, o mundo à distância da nossa mão...
Estavamos a 1076 metros de altitude, foram 3 horas de caminhada, 2 horas e pico sempre a subir, a subir.
Descemos, merendámos e descansámos. Continuámos o nosso caminho até à aldeia de Jueus, onde parámos, o miradouro fantástico da sua capelinha, o espaço...a Serra da Estrela ao fundo, Tondela, Viseu, e tantos outros burgos, distantes, pequeninos...Será que existem mais vistas assim? Com certeza, basta acompanhar os Boas Solas...
Continuamos, o calor apertava, a água sumia-se...
O Penedo do Equilíbrio, a Cabeça do Judeu, o Penedo Fálico, singularidades da serra e suas lendas. A água fresca da fonte oferecida por habitante local, aquela simpatia das gentes da serra e do interior.
Continuámos até à aldeia de Cadraço, onde tinhamos já passado e aqui começámos a descer para a Vila do Caramulo, onde chegámos 7 horas e vinte minutos depois e onde fomos beneficiados duma interessante palestra sobre o mel e as abelhas na Associação dos Apicultores da Serra do Caramulo.
Depois umas merecidas cervejas e os petiscos possíveis no primeiro café que apareceu.
E agora o blog com fotos também de alguns amigos caminheiros.
A não esquecer!
Foto de Albuns
domingo, 16 de maio de 2010
Próxima caminhada, dia 22 de Maio!
Vamos ter serra florida, caminho longo... vistas fartas...céu limpo, vento fraco, tempo quente...(no mínimo levar 2 litros de água por adulto)
Vamos a uma serra que antigamente era conhecida por Serra de Alcoba, palavra de origem árabe que significa cúpula, zimbório e abóbada.
Vamos ao Caramulo! Vamos ao Caramulinho!
Vamos fazer dois PR's, o dos Caleiros e o das Cruzes, que totalizam uma distância estimada de 17 km, que poderão (e deverão) ser percorridos no máximo em 7 horas.
Programa:
8:30 Ponto de encontro na saída (12) Gambarinho / Caramulo da A25 direcção Viseu
9:30 Início da Caminhada junto ao Posto de Turismo - Parque Jerónimo Lacerda (Caramulo)
Tipo de percurso: circular (mas na realidade será um "oito"...)
Início e final de percurso: Vila do Caramulo, junto ao posto de Turismo,
Extensão estimada: 17 km
Duração: 7 horas
Hora estimada para fim do percurso: 16:30
Desnível: 400m (altitude mínima: 600m; altitude máxima: 1000m)
Declives: moderadamente acentuados
Percurso: caminhos de serra, em certos locais trilho com piso irregular
Dificuldade: média (mais pela distância que é significativa, declives são moderados, piso em caminhos e estradões aceitáveis)
Previsão meteorológica: céu limpo, tempo quente (temperatura máxima 28ºC), vento fraco
Recomendações: as do costume para quem vai para a serra e vai andar em trilhos e caminhos de montanha, neste caso durante 7 horas (atenção à água...o tempo vai aquecer, no caso de não haver abastecimento prever mínimo 2 litros de água por adulto), ver recomendações genéricas no "Boas Solas".
Vamos a uma serra que antigamente era conhecida por Serra de Alcoba, palavra de origem árabe que significa cúpula, zimbório e abóbada.
Vamos ao Caramulo! Vamos ao Caramulinho!
Mais um percurso, desta vez não linear, nem circular, mas talvez qualquer coisa parecida com um "oito"...
Vamos fazer dois PR's, o dos Caleiros e o das Cruzes, que totalizam uma distância estimada de 17 km, que poderão (e deverão) ser percorridos no máximo em 7 horas.
Programa:
8:30 Ponto de encontro na saída (12) Gambarinho / Caramulo da A25 direcção Viseu
9:30 Início da Caminhada junto ao Posto de Turismo - Parque Jerónimo Lacerda (Caramulo)
Tipo de percurso: circular (mas na realidade será um "oito"...)
Início e final de percurso: Vila do Caramulo, junto ao posto de Turismo,
Extensão estimada: 17 km
Duração: 7 horas
Hora estimada para fim do percurso: 16:30
Desnível: 400m (altitude mínima: 600m; altitude máxima: 1000m)
Declives: moderadamente acentuados
Percurso: caminhos de serra, em certos locais trilho com piso irregular
Dificuldade: média (mais pela distância que é significativa, declives são moderados, piso em caminhos e estradões aceitáveis)
Previsão meteorológica: céu limpo, tempo quente (temperatura máxima 28ºC), vento fraco
Recomendações: as do costume para quem vai para a serra e vai andar em trilhos e caminhos de montanha, neste caso durante 7 horas (atenção à água...o tempo vai aquecer, no caso de não haver abastecimento prever mínimo 2 litros de água por adulto), ver recomendações genéricas no "Boas Solas".
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa dos ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão (Rómulo de Carvalho)
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa dos ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão (Rómulo de Carvalho)
domingo, 25 de abril de 2010
Aldeias de Xisto
Mas ficaram as mais interessantes, Talasnal, Vaqueirinho e Casal Novo (passamos ao lado do Chiqueiro...)
Partimos do Castelo da Lousã, a 270 metros de altitude, e depois de uma dura subida, para muitos interminável... chegamos ao Talasnal, aos 520 metros de altitude. Aqui se provaram os famosos "retalhinos" acompanhados de licor de castanha... receita miraculosa para recuperar as forças perdidas... Foi 1 hora a subir para os mais rápidos, quase meia hora a esperar pelos restantes ou a comer retalhinos...
Já reconfortados, partimos na direcção da aldeia do Vaqueirinho (650 metros de altitude) onde encontramos já casas habitadas por cidadãos estrangeiros que optaram por uma vida na serra, cultivando a sua horta... Pena, "O Fim do Mundo" estava fechado.
Continuamos. Já levavamos 3 horas de caminhada quando decidimos merendar numa clareira com vista para a serra. Estavamos a 770 metros de altitude, ponto mais elevado da nossa caminhada.
Recuperadas as forças, continuamos a nossa caminhada. Parque das merendas do Chiqueiro ainda encontramos, da aldeia nem sinal apesar da tentativa que fizemos. Desce, volta para trás, sobe, o guia "ouviu" as que não quis, cousas do ofício...Continuamos a descer a serra até encontramos uma aldeia, histórica por sinal, mas de sinal, melhor dizendo, sinalização, nem sinal... Aldeias de Xisto da Lousã... Era Casal Novo, aldeia deserta, de casas recuperadas para fim de semana, uma rua direita orientada a a Norte, a descer. Foi por aí que saímos.
Depois foram descidas íngremes num meio de vegetação serrada até à Nª Srª da Piedade e às famosas piscinas naturais. Por fim, o ponto de partida, o Castelo da Lousã, onde tinhamos deixado os carros.
Foram 6 horas e 12 km de boa caminhada e de boa companhia.
Uma referência especial aos amigos que sendo estriantes em percurso com esta duração e grau de dificuldade, se portaram fantasticamente! Macedo, parabéns!
Uma referência especial aos mais jovens... que pedalada!
Boas Solas!
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Lousã - Rota das Aldeias de Xisto - 24 de Abril
A lenda do Castelo de Arouce - De acordo com uma antiga lenda, que muitos danos causou ao monumento, à época da ocupação muçulmana da península Ibérica, o castelo foi erguido por Arunce, um emir ou chefe islâmico derrotado e expulso de Conimbriga, para a proteção de sua filha Peralta e seus tesouros, enquanto ele se deslocasse ao Norte de África em busca de reforços contra as forças cristãs que, cada vez mais, apertavam o cerco às terras muçulmanas.
Caros amigos caminheiros Boas Solas!
Desta vez vamos visitar o Castelo de Arouce, as aldeias serranas do Talasnal, Vaqueirinho, Chiqueiro e Casal Novo e passar por sítios fantásticos como a levada de água, soutos centenários, Ermidas de Nª Sra. da Piedade, Central Hidroeléctrica da Ermida, etc.
Tipo de percurso: circular
Início e final de percurso: Castelo da Lousã (Castelo de Arouce)
Extensão: 10 km
Duração: 5 horas
Desnível: 445m (altitude mínima: 265m; altitude máxima: 710m)
Declives: bastante acentuados
Percurso: caminhos de serra, em certos locais trilho com piso muito irregular
Dificuldade: média a média + (conveniente alguma preparação física)
Recomendações: as do costume para quem vai para a serra e vai andar em trilhos e caminhos de montanha, neste caso com declives bastante acentuados e durante 5 horas. Sendo já fins de Abril e zona centro, contar com uma temperatura um pouco mais alta...
Previsão meteorológica... bom tempo!
Programa:
9:00 Encontro e saída, Estação de Serviço da Mealhada na A1
(depois A1 - saída Coimbra Sul)
9:30 - 10:00 Castelo da Lousã - Início do percurso
14:30 - 15:30 Fim do percurso
Proximamente mais informações.
Caros amigos caminheiros Boas Solas!
Desta vez vamos visitar o Castelo de Arouce, as aldeias serranas do Talasnal, Vaqueirinho, Chiqueiro e Casal Novo e passar por sítios fantásticos como a levada de água, soutos centenários, Ermidas de Nª Sra. da Piedade, Central Hidroeléctrica da Ermida, etc.
Tipo de percurso: circular
Início e final de percurso: Castelo da Lousã (Castelo de Arouce)
Extensão: 10 km
Duração: 5 horas
Desnível: 445m (altitude mínima: 265m; altitude máxima: 710m)
Declives: bastante acentuados
Percurso: caminhos de serra, em certos locais trilho com piso muito irregular
Dificuldade: média a média + (conveniente alguma preparação física)
Recomendações: as do costume para quem vai para a serra e vai andar em trilhos e caminhos de montanha, neste caso com declives bastante acentuados e durante 5 horas. Sendo já fins de Abril e zona centro, contar com uma temperatura um pouco mais alta...
Previsão meteorológica... bom tempo!
Programa:
9:00 Encontro e saída, Estação de Serviço da Mealhada na A1
(depois A1 - saída Coimbra Sul)
9:30 - 10:00 Castelo da Lousã - Início do percurso
14:30 - 15:30 Fim do percurso
Proximamente mais informações.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
domingo, 28 de março de 2010
Calcedónia! Gerês!
Pois é amigos, a magia continua!
Desta vez visitamos o sítio mítico da Calcedónia no Sábado e no Domingo as aldeias típicas de Frufe, Cortinhas, Cutelo.
Calcedónia revelou-se um percurso difícil pelos desníveis e pela "qualidade" do piso que grande parte do caminho mais parecia uma prova de obstáculos... Fragas e pedras enormes de figuras fantásticas, lages imensas de rocha, dos maiores desníveis que já fizemos a merecer em alguns locais cuidados redobrados, água sempre presente. Depois de uma imensa subida desde os 530 metros de Covide até aos 800 metros na base do Tonel (afloramento rochoso monstruoso que ombreia com a Calcedónia), que contornamos, atingimos a Calcedónia, que nos atrevemos a atravessar pelas suas entranhas e caminho? estreito e tortuoso desde o lado sudeste até ao seu lado virado a noroeste. Deste lado em forte declive acompanhamos "o monstro" pela sua parede até aterramos numa "plataforma" com uma belíssima chã virada a Sul, em frente da Fraga do Meio Dia onde "merendamos" (vestigios aqui da ancestral cidade da Calcedónia?) e para Oeste para o vale que nos separava de Covide, lá muito abaixo... Estavamos a 800 metros de altitude.
A partir daqui foi sempre a descer pela montanha abaixo até aos 500 metros do Ribeiro de Freitas, e depois subir para Covide, de onde tinhamos partido.
Histórico!
Domingo foram as aldeias e as pastagens pelas encostas, os caminhos e a fantástica vista do imenso vale do Rio Homem até...até onde?
Gerês, a magia (e o tempo magnífico) continua. Até ao próximo regresso!
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