quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Caminhada de Reis ...ou para Reis?

Foto de Henrique Silva
foto de F.Alba
Foto de Henrique Silva
Foto de F.Alba
Caminhada de Reis ...ou para Reis?
Quem começa assim o ano...nada tem a temer!
Foi um "combinado" de 3 percursos na Serra de Freita: uma parte do PR03 - Rota do Sol Nascente entre Moldes e Fuste, o PR8 - Rota do Ourro Negro que vai de Fuste e Rio de Frades e o PR6 - Caminho do Carteiro que vai de Rio de Frades até Cabreiros e Tebilhão, num total de 16 km, muitas subidas e descidas...!
Uma paisagem de sonho, uma experiência única nos trilhos cravados na encosta íngreme, os ribeiros, a beleza dos bosques, as aldeias, as gentes, os vales, as florestas, os campos tratados em socalco, um percurso para nunca mais esquecer! É seguramente um dos mais bonitos percursos que os Boas Solas já fizeram, e também uns dos mais dificeis!

Tudo começou em Moldes às 10H00 junto à Igreja Matriz, a 450 m de altitude, um dia de sol.
Aí iniciamos a caminhada até Fuste, contornando e apreciando o lindíssimo vale com as suas terras em socalco, oliveiras, castanheiros, soutos e lugares com as suas casas tradicionais, água em abundância nos seus ribeiros e campos!
A saída do vale até Fuste a 570 m de altitude foi efectuado por uma caminho de folhas debaixo duma floresta de castanheiros. Nesta aldeia apanhamos o início do PR8 - A Rota do Ouro Negro! Tinhamos já efectuado 4km, 1 hora de andamento, percurso fácil, boa disposição, as montanhas da Serra de Freita a envolver-nos!
Foto de F. Alba
Foto de José Neves
Foto de F. Alba
Passada uma pequena zona de travessia, demos com um vale profundamente cavado pela Ribeira de Bouceguedim, Pedrogão no fundo com o seu viveiro de trutas e as suas casas tradicionais.
 Foto de F. Alba
 Foto de F. Alba
Foto de José Neves

Daqui para a frente foi subir e contornar a encosta da Pena Amarela, anestesiados pela fantástica paisagem que se nos deparava. Depois descer, descer por um trilho que se anunciava lá mais em baixo cravado na falésia... até ao Ribeiro da Pena Amarela lá no fundo, que atravessamos por uma pequena ponte de madeira. Uma descida fantástica! Sinais da exploração das minas de volfrâmio eram omnipresentes, quer pelas entradas de minas, quer pela pedra solta que andava debaixo dos nossos pés...
 Foto de Henrique Silva
 Foto de Henrique Silva
Foto de F. Alba
Foto de F. Alba
 Foto de Henrique Silva
 Foto de Henrique Silva
 Foto de Henrique Silva
Foto de Henrique Silva
Foto de F. Alba
Foto de José Neves
Foto de Henrique Silva
Foto de F. Alba
Foto de José Neves
Mais uma daquelas subidas... se seguiu, mais encosta a contornar e uma longa descida para Rio de Frades onde chegamos às 13H30 (350 m de altitude). Aí descansamos e merendamos que já não era sem tempo...Um autêntico carrossel...
Aqui finalizava a Rota do Ouro Negro e começava o Caminho do Carteiro até Cabreiros (700 m de altitude) e Tebilhão (800m).


Foto de F.Alba
Foto de F.Alba
Eram horas de partir, não se podia perder muito tempo pois a subida era longa...e o sol deita-se cedo...
Começamos a subir pelo vale cavado, curva contra-curva...o Rio de Frades lá no fundo... Subida longa e cada vez mais íngreme após cada curva na escarpa. "Não vos quero desanimar.. mas o que vos espera é bem pior" disse-nos um casal de desportistas de rappel que connosco se cruzou no primeiro 1/3 da subida...E que subida, subida, subida... Foram quase 3,5 km de esforço pouco comum até Cabreiros onde chegamos às 16H00. Se alguém tinha pecados... aí pagou-os todos e ainda ficou com crédito!
Mas chegamos!

Foto de Henrique Silva


Foto Henrique Silva
Foto de José Neves
Foto de F.Alba
Foto de F. Alba
Enquanto alguns ficaram à espera dos mais atrasados que se espalhavam pela serra acima, um grupo iniciou a travessia do vale do Ribeiro Pequenino até à aldeia de Tebilhão onde ficaram estacionados os carros. Foram mais 2,5 km de descida e subida até aos 800 m de altitude.
 Foto de Henrique Silva
Foto de Henrique Silva
Foto de Henrique Silva
Foto de F.Alba
6,5 horas de dura mas "deliciosa" caminhada a nunca mais esquecer. Foi uma das mais bonitas caminhadas que fizemos sem dúvida. Os Deuses ajudaram pelo tempo com que nos brindaram.
Mais de 1200 metros acumulados de subida, 900 de descida... declives de 45%, médio de 15%.
registo parcial
Parabéns à Câmara Municipal de Arouca! Trilhos impecavelmente marcados e conservados.
No fim o convívio dos guerreiros na "Tasca da Quintinha" em Arouca: obrigado Sr. Paulo pela simpatia, atendimento e qualidade das especialidades. O regresso prometido para experimentar as restantes especialidades da casa! ´
A vida é bela.

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